Alexandros foi um dos paladinos que lutou na batalha no Pico da Rocha Negra. Nesta batalha, enquanto os orcs estavam sendo controlados por Turalyion, Mograine encontrou um bruxo usando um cristal assustador que estava tão cheio de energia fel que até mesmo após derrotar o bruxo, Alexandros se machucou simplesmente por tocar neste item. Este orbe parecia conter uma magia negra de poder nunca antes visto e Mograine, apesar de ter machucado a mão que tocou nele, acreditava que havia mérito para ter aquele item. Então ele manteve ele escondido em baú de aço.
Sabemos que Mograine teve dois filhos, Darion e Renault, e que ele foi casado com Elenam, que morreu após dar à luz ao seu filho mais novo Darion. Após a batalha com os orcs, Mograine se aposentou e se mudou para uma fazenda, dando o seu melhor para cuidar de seus filhos sozinho, após a morte de sua esposa. E então o Flagelo veio para Lordaeron. Mograine sabia que ele não poderia permitir que sua terra mãe fosse destruída por essas forças tolas de mortos-vivos, assim como ele não permitiu que os orcs o fizessem. Com isso, ele reuniu homens e mulheres de boa índole e fortes na fé da luz em Costa Sul e os presentou com o orbe sombrio que ele havia capturado do bruxo em Pico da Rocha Negra.
Mograine propôs que se tal artefato de pura energia sombria pudesse existir, então um artefato que encorpasse e manifestasse o puro poder da Luz Sagrada também poderia existir. Tal artefato, se pudesse ser encontrado, poderia decidir o fator que impediria o Flagelo de destruir seu povo. No entanto, nem todos os presentes nessa reunião confiavam tanto assim no orbe, já que no fim, esse item sombrio havia amaldiçoado a mão de Mograine e todos eles podiam sentir a escuridão pura dentro dele. Uma tentativa de destruir o orbe com o poder da Luz Sagrada, no entanto, teve um efeito não esperado – ao invés de destruí-lo, o orbe foi transformado em um artefato de Pura Luz que Mograine havia sugerido. Um pacto foi feito entre eles para encontrar uma forma de usar ele para destruir o Flagelo e resgatar seu povo.
Mograine viajou então para Altaforja, para pedir ao Rei dos Anões, Magni Barbabronze, por sua ajuda em forjar tal arma. Magni foi informado de que seu irmão Muradin estava morto, derrotado por Arthas, o mesmo príncipe de Lordaeron que agora estava liderando o Flagelo contra seu próprio povo. Enraivecido pela morte de seu irmão (lembrando que Magni na época não havia como saber que Muradin não estava morto de verdade), Magni foi até uma bigorna e forjou a espada Crematória, que continha o orbe de cristal na forma de um disco radiante de luz. Magni chamou ela de sua maior criação, um arma forjada por suas mãos e que herdava todo o luto que ele sentia pela morte de seu irmão. Logo a arma seria usada para colocar os mortos de volta em suas sepulturas.
Mograine e seus aliados (entre eles Saiden Drahrohan, um dos primeiros cinco paladinos de Azeroth) recusaram a se curvarem ao Flagelo e desdenharam da ordem do traidor Príncipe Arthas de acabar com o Punho de Prata. Infelizmente para o povo de Lordaeron, eles tinham que lidar com mais do que apenas o Flagelo – os demônios da Legião Ardente eram cúmplices na criação do Flagelo (foi Kil’jaeden quem criou o Lich Rei e três Senhores do Medo que foram escolhidos para controlá-lo antes que Arthas realizasse uma rebelião após a morte de Archimonde e a derrota da Legião) e em uma missão, Saiden morreu nas garras de Balnazzar, um dos senhores do medo. O pior foi o que aconteceu após a morte de Saiden, Balnazzar escolheu esconder dentro do corpo do paladino, animando ele com sua própria essência.
Nessa época, Alexandros recebeu o título infame de Crematório, e a espada que ele usava recebeu o nome em sua honra. Com essa arma ele se tornava praticamente imbatível. Exércitos inteiros do Flagelo foram enviados contra ele, que os reduzia às cinzas. Percebendo que Alexandros era uma ameaça à ele, Balnazzar fez um trato com Kel’thuzad, servo lich do Rei Lich e principal comandante do Flagelo no que agora era chamado de Terras Pestilentas. Mograine seria destruído. E provando mais uma vez que os Senhores do Medo eram mais do que traiçoeiros, Balnazzar escolheu usar o filho de Mograine, Renault, como a arma para matar Alexandros.
Renault estava com inveja. Inveja de seu irmão mais novo, Darion, inveja de seu próprio pai. O Senhor do Medo dentro de Saiden encontrou ali uma forma fácil de realizar suas maquinações. Traía seu pai e se torne um Grão-lorde na recém criada Cruzada Escarlate. Um trato foi feito. Balnazzar na forma de Dathrohan enviou Alexandros e seu velho amigo Fiarbanks para Stratholme, usando Renault para enganar o homem. Renault abandonou seu pai no meio de um exército gigantesco de mortos vivos, mas Alexandros destruía onda após onda com a Crematória. No fim, não foi o Flagelo que destruiu Alexandros. Foi a Crematória que o destruiu.
Exausto após destruir várias ondas de mortos vivos, Alexandros colocou sua espada para descansar. Neste momento, Renault voltou e assassinou seu pai, atingindo ele no peito com a própria Crematória. Da mesma forma que a Luz Sagrada um dia transformara o orbe sombrio em um orbe puro, esse ato de traição envenenou a Crematória novamente, com o destino de Alexandros. Kel’thuzad, que havia enviado o exército de mortos vivos, considerou isso um negócio justo – agora, o homem que havia transformado legiões inteiras de mortos vivos em pó agora seria um servo do Lich Rei, assim como a espada que ele usava.
Mas Alexandros, como Grã-lorde dos cavaleiros da morte dentro de Naxxramas e líder dos quatro cavaleiros, não ficaria muito tempo à serviço de Arthas. Seu filho mais novo, Darion, lideraria uma força da Aurora Argêntea que atacaria a necrópole flutuante e destruiria a forma morta de Alexandro. Isso não causaria muito efeito, já que o espírito de Alexandro estava agora ligado à espada e não ao seu corpo. Darion retornou de Naxxramas com a espada, o único sobrevivente do ataque e foi atrás de seu irmão no Monastério Escarlate, usando a arma corrompida que havia derrubado seu pai.
Renault atacou Darion quando viu a espada, mas já era tarde para ele. O espírito de Alexandros saiu da espada e as súplicas por misericórdia não abalaram ele – diante dos olhos terrificados de Darion, o pai fez à seu filho aquilo que o filho fez à ele. Renault Mograine morreu pelas mãos mortas de Alexandros, empalado na Crematória Corrompida! Um fim trágico para pai e filho, que marcaria a história de Azeroth!
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